Por que é tão difícil inovar em Juiz de Fora?
Pelo mesmo motivo
que é difícil inovar em qualquer outro lugar do Brasil. Juiz de Fora no título
foi só para chamar sua atenção. (Haha)
Percebo que a maior dificuldade das empresas estabelecidas
em aceitar a importância de inovar, está em não entender que a realidade atual
é perigosa para quem não adota novas metodologias de gestão, que garantam uma constante
evolução de seus negócios, de maneira que os façam efetivamente acompanhar a
velocidade com que os cenários e comportamentos mudam atualmente, e assim
manterem competitivos.
Infelizmente, muitos se apegaram a velhas práticas e ferramentas
que deram certo por muito tempo no passado, quando as transformações eram
lentas e o mundo era de certa forma previsível.
Estão grudados a estas crenças defasadas como alguém agarrado
a um tronco na correnteza de um rio, acreditando que com isso estará a salvo,
mas que não consegue enxergar a catarata que se aproxima logo à frente, e que
esta queda pode significar o fim de seu negócio.
Eu gosto da frase de Walter Longo, quando ele diz que “As
empresas não quebram por fazer coisas erradas, mas sim por fazer coisas certas
por um tempo longo demais. ”
Se enxergassem o perigo que é não mudar, largariam este
tronco e nadariam imediatamente para a margem, onde uma grande revolução
acontece, com utilização de novas práticas, ferramentas e metodologias, tais
como Design Thinking, OKR, Job to be Done, Innovation Storming, Scrum, ISO56.002 e várias outras.
Murilo Gun afirma que “nos tempos de hoje, não mudar é tão arriscado
quanto mudar. ”
Quando se derem conta, já foram impactados por um novo
entrante ou até substituídos por alguma StartUp.
Não estou dizendo com isso que é fácil mudar, porém é
necessário. Marília Cardoso, consultora de Gestão da Inovação da Palas
Consultoria, disse que “o processo de aceitar que o que se sabe não é mais o
suficiente dói tanto quanto a perda de um ente querido. ”
Outro fator que influencia nesta resistência é o falso
sentimento que inovar exige altos investimentos em tecnologia, o que já falamos
que não é verdade no artigo Inovação não é tecnologia. [clique aqui para ler]
Mas nem tudo está perdido. É possível ver que uma boa parte
dos empresários juizdeforanos já se movimentam em direção a uma Mentalidade 4.0,
e estão buscando este entendimento aderindo às iniciativas que tem acontecido
na cidade, e que tem como objetivo fomentar esta visão.
Eventos já estabelecidos como FuckUp Nights, Linkedin Local,
Adapte e Agile Start, além do recém-chegado Dia Mundial da Criatividade entre
outros, buscam conscientizar os profissionais sobre a importância de adotar a
criatividade e a inovação como ferramentas de permanência, competitividade e
crescimento no mercado.
Além da Connecting Consultoria e Treinamento, o Sebrae JF, o
CRITT (da UFJF), o IEEP e a Academia da Criatividade JF são exemplos de
instituições que também buscam trazer a inovação para o vocabulário da cidade,
com soluções eficazes e modernas para os empreendedores locais.
Com tudo isso, um grande ecossistema de Criatividade e
Inovação começa a florescer e se consolidar em nossa região, o que com certeza
trará uma mudança de mentalidade que possibilitará um novo tempo de crescimento,
colaboração e prosperidade para todos.
Quem sabe em breve nos tornemos a Zona da Mata Valley?
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